Por Adeli Sell*
Há pouco foi inaugurada uma loja de produtos orgânicos na Ceasa, em Porto Alegre. A maior parte dos insumos, livres de agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente, vêm da Serra. Este empreendimento é fruto da ousadia daqueles que acreditam no trabalho coletivo, abrindo, assim, espaço para o consumo de alimentos saudáveis e por preço justo.
Não vejo outro futuro que não seja o da economia criativa, colaborativa, focada na sustentabilidade. Apostando no oposto, seremos consumidos pela barbárie. Colaboração na produção, na intermediação e nas compras coletivas, mais confiança entre produtor e consumidor e maior controle de qualidade.
Assim como os agricultores se uniram, buscaram parceiros para intermediar sua produção para estar nas gôndolas da Ceasa, é imprescindível que na cidade haja união dos consumidores, para compras coletivas.
Não houvesse esta loja, muitos produtores deixariam de produzir; acabando os produtos orgânicos. Consequência disto, por óbvio, seria mais veneno na mesa. Sem esta economia colaborativa, os produtores sucumbem ao mercado predatório.
Este negócio é de fato colaborativo, pois, repetimos, junta produção, intermediação e consumo e deve incentivar outros empreendimentos colaborativos. Em Porto Alegre, no IV Distrito há várias iniciativas colaborativas, com uso compartilhado de espaços.
Aqui, começa a vicejar uma economia criativa, na base de um marco colaborativo. A economia de competição, num mar revolto de tubarões vorazes cede lugar a uma nova economia, onde vai se impor o compartilhamento e a colaboração.
Fonte – Sul 21
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