LOJAS COLABORATIVAS E A ECONOMIA COMPARTILHADA
A primeira tarefa é tentar entender o que é economia compartilhada. É a partir do entendimento do conceito que se pode explicar seus derivados e ramificações, como é o caso das lojas colaborativas.
A economia compartilhada, ou colaborativa, surge, por curioso que possa parecer, da mesma matriz que sustenta a sociedade baseada no consumo, que é o marketing.
Repare que o ponto crucial de uma estratégia de marketing é uma coisa chamada posicionamento. O posicionamento de um produto é a forma como a empresa deseja que ele seja percebido pelos consumidores, que é o fio condutor de todo o processo de comunicação com o mercado.
O ponto curioso é que esse fundamento do marketing está ligado aos benefícios. Você não compra uma garrafa de água mineral, mas o alívio para a sua sede. Logo, se a mesma garrafa d´água for suficiente para matar a sede de duas pessoas, por que não compartilhar o custo e o benefício? O nome disso é consumo colaborativo, um dos conceitos da economia compartilhada.
Outro ótimo exemplo é o da furadeira. Você compra um ou alguns furos na parede, não uma furadeira. Essa ferramenta terá como tarefa, na maior parte do tempo, ocupar espaço no armário. Que tal multiplicar os furos e reduzir o custo da furadeira compartilhando?
As Lojas Colaborativas
Entendendo o conceito da economia colaborativa fica fácil entender o conceito da loja colaborativa.
Quantas pessoas produzem e não têm um lugar satisfatório para expor e vender seus produtos. Imagine que essas pessoas possam expor seus produtos numa loja bem elaborada, com um fluxo já consolidado de clientes, num local satisfatório… É um sonho? Não, porque o advento das lojas compartilhadas, ou colaborativas, pode oferecer essas oportunidades.
O ponto a ser observado antes de ir aos benefícios é que deve haver uma sinergia entre a loja e o produto. De forma grosseira, não se vai vender artesanato num hortifruti, ou coisa parecida. Até para quem estabelece uma loja nesse modelo de negócio isso deve ser levado em consideração.
A ideia é essa. Uma loja voltada para um determinado tipo de consumo, para um determinado tipo de público, com produtos que se enquadrem nesse perfil e nessas necessidades de consumo.
Os benefícios se tornam óbvios. O produtor tem um ponto de venda barato, onde ele aluga o espaço na prateleira e, de alguma forma, compartilha os custos com recursos humanos e manutenção, o lojista ganha um novo produto, pode estabelecer um percentual sobre as vendas e lucrar com isso. Em outras palavras, cada parte contribui com suas habilidades para estabelecer um negócio lucrativo para todos.
Melhor ainda para o consumidor, que terá acesso a uma boa variedade de produtos, inclusive exclusivos, todos no mesmo lugar, o que, do ponto de vista do lojista e dos produtores, acaba servindo como fator de fidelização e recompra.
PLATAFORMAS COLABORATIVAS
Existem inúmeras plataformas que seguem esse modelo colaborativo e sustentável.
Um exemplo é o ALOOGIE, uma startup lançada em março de 2021. Tem a intenção de diminuir o consumo desnecessário com o aluguel de itens. O aplicativo conecta pessoas que precisam de um bem, com quem tem para alugar. Assim, é possível ganhar renda extra e economizar.
O BLIMO também vem com uma ideia inovadora de uma “biblioteca de moda”. Você paga um valor mensal (como uma assinatura) e pode escolher os looks que quiser e no próximo mês, trocar os looks.
RENTBRELLA são estações de guarda-chuvas disponíveis em algumas cidades em regiões de maior fluxo. Quando vir aquela chuva inesperada, você pode alugar um guarda-chuva e depois devolver na estação mais próxima. Assim, você economiza e evita comprar guarda-chuvas que futuramente serão descartados.
Contribuição: Aloogie
Fonte: ConsumoColaborativo.CC
www.consumocolaborativo.cc